sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Esse discurso não é meu

Eles estavam querendo pôr em minha cabeça que arte é aquela expressão subjetiva,
da qual enquadra-se em moldes definidos e, paradoxalmente, relativos à própria expressão subjetiva do ser, conotativamente traduzindo sua realidade às formas padronizadas.
Se arte é o refúgio, e à qual nos refugiamos quando queremos nos representar de maneira concreta, porque limitá-la a definições e preceitos já dante concebidos e sempre aclamados?
A perfeição métrica romana, o padrão formal de beleza grega.
Mas em tudo isso há um medo, um completo não querer de que todos possam ter livre acesso à suas próprias faculdades sensitivas. Diria até "uma tirania sobre a liberdade individual -anacrônica e obsoleta!".
Arte é aquele tipo de coisa que não tem tradução, está mais para algo abstrato, mais fluente como sentimento.
Para mim, defini-la como tal (seguindo padrões), é uma forma de dominação cultural, ideológica e, sobretudo, alienadora. Formadora se perpetuações imutáveis que mantém a mesmice das drogas unânimes. Eu não aceito preconceitos.