Venha para cá, aqui comigo.
Estou sentado na mesma praça, com o mesmo jeito de ser: o último, do mundo, a dormir.
Não mais o ateísta radical.
Não mais o anarquista frustrado...
Desta vez não sentirás mais vergonha de estar em minha companhia, no máximo você me entenderá.
(Nada de sufismo ou taoísmo, ou qualquer outro "ismo", para confundir-lhe a cabeça).
É preciso abandoná-la, deixar a idiotice de lado. Como se o mais idiota fosse quem conscientemente faz idiotice. Se ainda as faço, é de maneira inconsciente.
Da penúltima vez que passamos juntos uma noite assim não aconteceu nada - talvez um prenúncio do que ocorreria - e, na última apenas um beijo sincero de "dê o fora daqui".
És meu paradoxo. Mas são nas contraposições que surgem as definições.
Se eu dissesse um "eu te amo" toda vez que não lhe encarava nos olhos, você viria?
Não me faças querer ir atrás de você, eu ainda sei como lhe proferir o olhar que lhe faz sorrir.
Eu ainda sei prendê-la junto aos meus braços para que você se sinta segura e nunca mais saia.
Eu sei te fazer melhor, toda vez.
Se foi assim, por que não veio ainda?
Desta vez eu não me importarei em ficar um momento em silêncio.
Mas no banco da praça só me restam as parábolas noturnas.
"Como se houvesse o teu veneno inoculado ainda em meu sangue..."
"Como se o teu cheiro fosse o perfume natural de minhas impressões..."
Pra falar a verdade, não há razão em direcioná-la palavras bonitas sem que haja um interesse. Sempre haverá um gozo no final, pro bem ou pro mal.
Se é assim, por que não ficaste?
E aí eu começo a rir de desdespero...
De quando eu gozava quando te abraçava, e como sentia depois de cinco abraços.
E daí eu surto total...
Alucinando sobre como a gente sempre tinha o que conversar, como sempre tínhamos um ao outro, apesar de não termos ninguém por perto.
Se fora assim, por que não estás aqui?
Tudo bem que fui um canalha, tudo bem que falhei várias vezes quando o assunto era normalidade ou caráter, tudo bem que pareci louco insano depressivo e o diabo a quatro... e não foram muitas vezes, foram todas simplismente!
Pensando um pouco não me parece "estar tudo bem" - esses modos de dizer nem sempre significam o que queremos dizer...
Bem, eu só quero que venha ficar comigo. Seria pedir demais?
Fora você praticamente que enviou-me uma carta de esquecimento, com aquele olhar mais forte que qualquer insulto ou provocação, aquele mal encarado jeito de me dizer "não percebe que você é um babaca meloso". É, certamente, um pseudo amor, e sem sombra de dúvida uma relação mal resolvida.
Estou sentado na mesma praça, com o mesmo jeito de ser: o último, do mundo, a dormir.
Não mais o ateísta radical.
Não mais o anarquista frustrado...
Desta vez não sentirás mais vergonha de estar em minha companhia, no máximo você me entenderá.
(Nada de sufismo ou taoísmo, ou qualquer outro "ismo", para confundir-lhe a cabeça).
É preciso abandoná-la, deixar a idiotice de lado. Como se o mais idiota fosse quem conscientemente faz idiotice. Se ainda as faço, é de maneira inconsciente.
Da penúltima vez que passamos juntos uma noite assim não aconteceu nada - talvez um prenúncio do que ocorreria - e, na última apenas um beijo sincero de "dê o fora daqui".
És meu paradoxo. Mas são nas contraposições que surgem as definições.
Se eu dissesse um "eu te amo" toda vez que não lhe encarava nos olhos, você viria?
Não me faças querer ir atrás de você, eu ainda sei como lhe proferir o olhar que lhe faz sorrir.
Eu ainda sei prendê-la junto aos meus braços para que você se sinta segura e nunca mais saia.
Eu sei te fazer melhor, toda vez.
Se foi assim, por que não veio ainda?
Desta vez eu não me importarei em ficar um momento em silêncio.
Mas no banco da praça só me restam as parábolas noturnas.
"Como se houvesse o teu veneno inoculado ainda em meu sangue..."
"Como se o teu cheiro fosse o perfume natural de minhas impressões..."
Pra falar a verdade, não há razão em direcioná-la palavras bonitas sem que haja um interesse. Sempre haverá um gozo no final, pro bem ou pro mal.
Se é assim, por que não ficaste?
E aí eu começo a rir de desdespero...
De quando eu gozava quando te abraçava, e como sentia depois de cinco abraços.
E daí eu surto total...
Alucinando sobre como a gente sempre tinha o que conversar, como sempre tínhamos um ao outro, apesar de não termos ninguém por perto.
Se fora assim, por que não estás aqui?
Tudo bem que fui um canalha, tudo bem que falhei várias vezes quando o assunto era normalidade ou caráter, tudo bem que pareci louco insano depressivo e o diabo a quatro... e não foram muitas vezes, foram todas simplismente!
Pensando um pouco não me parece "estar tudo bem" - esses modos de dizer nem sempre significam o que queremos dizer...
Bem, eu só quero que venha ficar comigo. Seria pedir demais?
Fora você praticamente que enviou-me uma carta de esquecimento, com aquele olhar mais forte que qualquer insulto ou provocação, aquele mal encarado jeito de me dizer "não percebe que você é um babaca meloso". É, certamente, um pseudo amor, e sem sombra de dúvida uma relação mal resolvida.
Um comentário:
achei muito bom!
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