Já não me importa, e não convém; tua face é velha conhecida do meu despreso.
E sempre o foi, desde o primeiro falso sorriso que eu proferi.
Assim, então, de relance como uma previsão sobre quem eras tú.
Mas não serei capaz de julgar-te uma vez mais, de costume apenas lhe deixo a minha antipatia sádica.
Já não me importa, e não convém; todo o teu charme que te compra, mas a sinceridade que não lhe é amiga já me adiantara muito sobre tais promessas.
E tua boca repele, apesar de absurda tentação, joga para lá todo bem que podia beijar-lhe as maçãs.
É manhã e já estás obscura, tão quanto és a noite que abita minha calma.
E o que importa a ti, e convém? Se mil preceitos desejosos negam o conhecimento a longo prazo...
Se é assim que se encaminham as formas, não desejarei uma vez mais tê-la primeiro. Impressão que fere.
É a fagulha do pote dourado que rabiscara há tempos remotos; tão receosos foram as intensões de pintá-la com traços reais e inteiriços.
Mas ainda não brilhou o último fio da esperança. Tal qual tingiste minh'alma com despeito.
Mas ainda não raiou a infinita paz. Como dante esperei.
Já não me importa, e não convém; olhá-la breves instantes apenas para sugerir estarmos ao lado um do outro.
Senti-la como se sente o espírito divino... simplismente como a droga que alimenta a todos de breve euforia e o mais tolo dos pesares - repentina felicidade.
E o que pensas ti, neste mar de opções? Não lhe compro a certeza de estar sequer um momento contínua.
Não lhe vendo as impressões românticas.
Já não me importa, e não convém saber de ti.
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