quinta-feira, julho 24, 2008

Pós humanidade

Eu, simplório ser mortal...
Imóvel e quieto...
Habitante deste nojento,terrestre, solo,
Colocado como mais um produtivo inseto...
Escravo do banal
Eu me mantenho, mas não me consolo.

Por enquanto sou apenas um réu
Nessa condenação postiça
Sou mais uma, das milhares flores do pomar
Submetido à mais injusta justiça

lua no céu
espaço do universo
agua no mar
doce do mel
O oposto do inverso
Sou o tempo
A vida
O vento
Tomado pela pureza do sentimento...

E ainda assim não sou nada...

Quero amar
Quero chegar em algum lugar

Eu quero quase nada...
Eu luto... Luto contra ninguém
E me torno cada vez mais, um refém
Da obrigação
Da prisão do compromisso
Não assim,
Um viver postiço...

Não consegui nada do que eu quis
E por isso, ah...Como eu sou feliz

Um desejo tão indesejado
Falso
Invejado
Não poderia ser realizado

Eu vi além
Vi mais...Fui mais...
Mais do que um humano Zé ninguém..

Desde sempre eu sabia que era capaz...
De fazer o que ninguém mais faz
Eu quis ser mais, mais do que um simplório rapaz


Quis voar
Quis ver
Quis ir
Quis sair e acordar
Superar o limite...
O limite da mente...Do cosmo
Mais do que ser...Ter ou estar

Joguei fora tudo aquilo
Que me fez sofrer
Que fez de mim um escravo do ter
Ou um escravo do simples ser...viver
Agora não tenho mais medo
Já sei o segredo

Tenho a verdade
Agora vôo tranqüilo
Rumo a absoluta liberdade.


Maurício tovar Junior

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