Hoje resolvi acordar mais cedo. Começar diferente o dia.
Antes de todo mundo acordar eu já estava de pé.
Sentei no banco da praça e olhei o dia amanhecer.
Tem coisas que a gente sabe que existe, mas só quando a gente percebe que está ali é que chegamos a conclusão de que não sabemos aproveitar nada.
Foi tão lindo.
A brisa fresca da manhã ía levando as folhas secas pelo asfalto.
A àrvore negra em minha frente confrontava com o céu, meio claro meio escuro.
E a lua lá atrás, se pondo cada vez mais distante e abrindo lugar pro céu claro e o sol brilhante.
A energia floresceu em meu espírito, os bentivís me fizeram relembrar das manhãs no interior. Quando tudo era mais doce, infinitamente mais legal.
Até os pombos, que me irritam pela tarde, me fascinaram pela manhã.
Na rua ouvia apenas o seu barulho, curioso, astuto e perspicaz pombo.
Olhei os trabalhadores chegando nas construções, homens simples do povo que passavam por debaixo dos postes. E esses postes que interligavam fios e mais fios me levavam até sua base.
Que transe maravilhosa.
Que momento mais lindo. Relembrando minha infância, correndo pelas ruas de uma cidade subdesenvolvida e interiorana. Subindo nos pés de cajú, correndo atrás dos cachorros, invadindo "casas mau - assombradas", andando pelas matas que tinham ali pelos fundos do meu quintal.
Me lembro como se fosse hoje.
Transe.
Um ponto fixo não fixo em que se concentra apenas o nada que é tudo.
E nesse vácuo constante e surreal, me debruço sobre os lençóis invisíveis de minhas saudosas lembranças.
Então o mundo me acorda.
Me acorda para o ritmo intenso, quase ininterrupto.
Exigência que me consome.
Me deixa à par de toda forma de carpe diem possível.
E vai sendo assim até o peso me sair por sobre as costas.
Alívio. Mas tudo que é bom dura pouco.
Assim como a manhã do meu dia lindo em que acordei mais cedo, assim como o final do dia fatídico que consumiu minhas forças. Tão breve.
Bem aproveitado, o bom pintor aprofunda-se nas dimensões de suas cores.
Seja no céu, ou no final de um dia.
Antes de todo mundo acordar eu já estava de pé.
Sentei no banco da praça e olhei o dia amanhecer.
Tem coisas que a gente sabe que existe, mas só quando a gente percebe que está ali é que chegamos a conclusão de que não sabemos aproveitar nada.
Foi tão lindo.
A brisa fresca da manhã ía levando as folhas secas pelo asfalto.
A àrvore negra em minha frente confrontava com o céu, meio claro meio escuro.
E a lua lá atrás, se pondo cada vez mais distante e abrindo lugar pro céu claro e o sol brilhante.
A energia floresceu em meu espírito, os bentivís me fizeram relembrar das manhãs no interior. Quando tudo era mais doce, infinitamente mais legal.
Até os pombos, que me irritam pela tarde, me fascinaram pela manhã.
Na rua ouvia apenas o seu barulho, curioso, astuto e perspicaz pombo.
Olhei os trabalhadores chegando nas construções, homens simples do povo que passavam por debaixo dos postes. E esses postes que interligavam fios e mais fios me levavam até sua base.
Que transe maravilhosa.
Que momento mais lindo. Relembrando minha infância, correndo pelas ruas de uma cidade subdesenvolvida e interiorana. Subindo nos pés de cajú, correndo atrás dos cachorros, invadindo "casas mau - assombradas", andando pelas matas que tinham ali pelos fundos do meu quintal.
Me lembro como se fosse hoje.
Transe.
Um ponto fixo não fixo em que se concentra apenas o nada que é tudo.
E nesse vácuo constante e surreal, me debruço sobre os lençóis invisíveis de minhas saudosas lembranças.
Então o mundo me acorda.
Me acorda para o ritmo intenso, quase ininterrupto.
Exigência que me consome.
Me deixa à par de toda forma de carpe diem possível.
E vai sendo assim até o peso me sair por sobre as costas.
Alívio. Mas tudo que é bom dura pouco.
Assim como a manhã do meu dia lindo em que acordei mais cedo, assim como o final do dia fatídico que consumiu minhas forças. Tão breve.
Bem aproveitado, o bom pintor aprofunda-se nas dimensões de suas cores.
Seja no céu, ou no final de um dia.
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