quarta-feira, julho 11, 2007

Sonhos e pesadelos

Noite passada tive um sonho,
Um sonho um tanto estranho, por sinal,
Lembro-me de ter assustado, e como,
Lembro de várias coisas, apenas não distinguia o bem e o mal.
Lembro-me de passar pela avenida principal,Uma velhinha e seu cachorro, passeando,
Lembro de casais, no parque se beijando,
Enquanto as crianças se encantavam com as luzes de natal.
Passei por uma rua escura, que dava nos fundos de casa,
Estava frio, o tempo era nebuloso, a noite era clara,
Senti uma sensação estranha, do nada, de repente.
Frio na barriga, logo um arrepio na espinha,
Entrei em transe profundo e desmaiei,
E foi a partir daquele momento que abri os olhos para a vida.
Dois garotos, em duas calçadas divergentes,
Parecia que viviam em dois mundos diferentes.
Um de boné, bermuda da moda e tênis de molas,
O outro com um cobertor velho, algumas moedas e uma lata de cola.
Um pouco à frente, na mesma rua,
Uma mulher bem vestida, de salto alto e agasalho.
Na outra calçada, conversando com um homem já grisalho,
Uma garota, em seus quase dezoito, seminua.
Hoje é o que importa: roupas de grife e relógios de marca,
Enquanto ali perto a guerra nunca acaba.
Se não comprar um Audi a sociedade te recrimina.
Ninguém se importa com os bebês que são queimados devido a falsas doutrinas.
Fome, violência, nada disso faz sentido...
Se não tiver um celular ou uma câmera digital para fazer um vídeo.
Quem quer saber de câncer, aids, hiperglicemia ou diabetes,
Quando se pode ter em apenas um chip: músicas, fotos e sistema gps?
“Paz e amor” não existem mais,
Ideologias de vida não existem mais
Modo de vida e segregação:As pessoas agora lutam pelo poder e obsessão.
Essa é a pergunta que não quer calar: “Até quando isso tudo vai durar?”.

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