domingo, julho 29, 2007

Estou indo embora, para casa

Às vezes, quando me pego acordado na madrugada,
De roupão e chinelos,
Tomando whisky e fumando cubanos,
Pensando no passado, fazendo ligações entre o errado e o certo.

Às vezes, quando me sinto solitário,
Ouvindo meus vinis clássicos de rock’n roll e bossa nova
Sentado em frente a minha velha lareira, em minha cadeira de balançar,
Tentando me aproximar da música, tentando imaginar onde você está.

Meu pensamento me guia distante,
A lugares onde certamente você não estará:
A pesadelos cruéis, insaciáveis como vida;
E sonhos feitos de mais pureza e inocência do que a própria morte.

Enquanto caminho em direção ao túnel iluminado,
Encontro uma maneira de te encontrar,
Penso em tua pele, no teu cheiro e teu abraço,
Penso nos seus beijos, sua boca, meus desejos.

Penso em como a vida é boa ao seu lado,
Em como estar com você me faz bem, me faz querer mais,
Penso em como seria bom ter você pra sempre,
Por mais que o pra sempre seja curto demais.

Por mais que eu tente e que eu invente,
Por mais que eu procure explicação,
Não houve, nem haverá, sentimento de mais louvor,
Que vem da alma e arrepia a espinha,

Que queima de desejo e se esvairia pelo peito,
Que some num beijo quente, por mais que eu tente,
Nunca haverá, dentro do coração, mais forte emoção.

Um comentário:

The Bon's disse...

simplismente ótimo,
uma dos 5 melhores!