quinta-feira, agosto 28, 2008

Freedom Fighter!

Eu olho pela janela e vejo a paisagem da cidade,
Vejo as pessoas correndo, sem direção
Num ato de estupidez e de insanidade,
A mídia se apoderou da nossa geração

As pessoas são colocadas nas ruas para consumir,
Nos fazem comprar um monte de "utencílios inúteis",
Passar a nossa vida medíocre desejando realizar sonhos fúteis
E nos afoga em nossa própria merda assim que paramos de produzir,

O mundo é esse caos constante, e estamos presos, como num presídio
A mídia comanda nossa cabeça, nos faz correr atrás de roupas e carros,
E entramos em contradição com o lógico,
Entramos em depressão,cometemos suicídio
Propaganda induz o sexo, às bebidas e aos cigarros

E de repente nos vemos em um conflito eterno


O nosso espírito ,já fraco, nem se levanta para lutar
Consegue ver, pensa, vê o abusrdo
Mas se deixa aprisionar, se acomoda no sono
Se rende ao fracasso inevitável que é viver por conta do sustento
A sobrevivência, e a mesma nos mantém ocupados demais pra fazer algo útil
É por isso, é por isso que paramos no tempo
Já não temos tempo pra pensar, o que nos resta são poucos minutos do dia
Que logo se desfazem na rotina do amanhã, e depois, e depois

É triste ver que vivemos na merda, e vivemos com esperança
Mas não existe o paraíso, não há céu pra nos acolher
O que nos resta é a rebuscagem, o reencontro com o Eu
É a verdade que mora em nossos corações, no íntimo
Esse é o sentido, essa é a razão, o motivo dessa nova chance
Não adianta batalhar contra o mundo
A guerra que se deve vencer é contra si
Nós somos o campo de batalha ambulante
E eu luto, pacificamente, eu Luto!

Maurício Tovar Junior

segunda-feira, agosto 25, 2008

Quem sou Eu?

Um observador, atento ao mundo
Estava eu aqui, na frente do espelho
Surpreso, silencioso por um segundo
Refletindo sobre o conselho

É duro ter a força pra lutar
O massacre me enfraqueceu,
Mas o sonho que vou buscar
É uma busca pelo próprio Eu

Sei que posso me achar aqui, debaixo do meu nariz
Mas vou buscar bem longe, vou dar meus passos
Porque foi assim que eu quis
Juntar os meus estilhaços
Me fazer de novo

O mundo me quebrou, me dividiu
Mas eu me reencontro um dia, pode crer
Ele ainda não me destruiu
E nem tem esse poder

Quem sou eu? O que eu faço? Qual é a minha meta?
Perguntas que infelizmente não tenho como responder
E então esse questionador adormecido se desperta
E não há lugar no mundo onde eu possa me esconder

Não vou fugir do meu medo,
Nem do compromisso
Vou botar a minha cara frente a frente com o dedo
Que aponta à minha corrente, me fazendo submisso

Submisso ao meu próprio ego, aos meus temores
Mas em verdade afirmo, eu vencerei
Se eu não nasci num templo de flores
Faço a força, a maneira, e um templo de flores eu farei

O que me move, o que realmente me move a ir em frente
É essa insatisfação comigo mesmo, de, enquanto a vida passa,
Saber que nada sou, nada faço, esse estado deprimente
A verdade que eu sei, só eu sei, e não há nada que se faça
Pra impedir que eu caminhe, que eu siga a luz do meu ser
Eu vou dar um significado, um novo conceito à palavra “viver”

Não tente, não há machado ou tesoura que corte a raiz do meu sonho
Não há cadeia ou corrente que impeça a minha busca
Essa luz que me mostra esse lado tão sujo e medonho
Essa luz,essa luz, essa não me ofusca

É tudo muito claro pra mim agora,
Quem sou eu? Quem sou eu?
Vou atraz da resposta, já é hora
Trazer de volta aquela luz, que na confusão da inércia se perdeu


Maurício Tovar Junior

sábado, agosto 23, 2008

Nunca é tarde

Eu te amei, desesperadamente te amei
Esse amor solitário
Que por tantos e tantos anos alimentei
Acabou virando um cenário
Para tantos outros que provei

Se depois de tantos beijos
Tantos carinhos que te vi trocar
Voce ainda faz parte dos meus desejos,
Ainda assim te quero amar

Mas o orgulho me fez deixar
Desviou-me de ti, me fez seguir em frente
E com um brilho a menos no meu olhar
Segui a vida, alegre, e tão quanto descontente


Por traz da alegria, escondo o meu sofrer
Seguro a lágrima, sofro sem fazer alarde
Mas a verdade é que ainda penso em você
E não me venha dizer agora já é tarde



Maurício Tovar Junior
;*

quinta-feira, agosto 21, 2008

Saudade de você

Saudade de você
Saudade do seu cheiro
Da sua pele de bebê
De ter-te o dia inteiro

Suadade dos seus beijos,
Do nosso contato, você na minha cama
De realizar o seus desejos,
Você dizendo que me ama

Saudade, saudade

Pra saudade faço um apelo,
Quero de volta tudo aquilo
Tocar teu rosto, cheirar o teu cabelo
Minha língua em seu mamilo,

Teu calor, teu fogo, teu amor

Saudade de tudo, do seu grito custoso
Dos seus olhos frente aos meus
O barulho agora mudo, silencioso
E eu sequer tive a oportunidade de um adeus

Amor assim, bom de mais e a curto prazo
É prazeroso até demais, a alegria grita até cansar
Depois resta o ápice arraso
Do adeus que não pude dar.


Maurício Tovar Junior

segunda-feira, agosto 11, 2008



Recorrerei à unica forma que encontro, no momento, de tentar esclarecer o que há pouco fôra tão claro para mim. E aqui trancarei este sentimento, no direito de dizer que muitos o sentem tão poucas vezes na vida, e quase certo também afirmo que ele vem como um prazer perverso.
Nesses momentos é que entendemos o significado de uma música um pouco mais triste, uma melodia receosa de espectativas positivas.
(...)
Sinto medo de estar confundindo as coisas, de estar generalizando atitutes exclusivas de uma pessoa à tantas outras, talvez só pelo fato de pertencerem ao mesmo sexo, ao mesmo patamar social. Talvez não seja assim com todas elas, talvez exista uma mulher em que a gente possa confiar o nosso amor, tão facilmente dado de todo o coração quando há um tom de carência traçado em nossa personalidade.
Em meio a um mar de opções, o complicado parece estar sempre a um passo de minha escolha. Não é sempre, mas na maioria das vezes - a memória é seletiva, então é mais fácil se lembrar de escolhas mal feitas, pois se houvesse alguma que deu certo, então certamente lembraria-me dela.
O discurso está negativo demais, melancólico demais. Talvez eu nem transparece o que estou escrevendo aqui - como uma forma de alívio - talvez eu precise de um psicólogo, mas também existem algumas gotas de lágrimas que pretendo deixá-las cair, mas não as disperdiçarei por agora, sei que é passageiro e que as lágrimas me são raras.
A rotina é pesada, é estressante, cumprir com os deveres agora fica muito mais difícil. Pensar nisso pesa mais na cabeça do que qualquer semana de aulas intermináveis. E eu me julguei ser forte o bastante para encarar a realidade, esta que poucas vezes encaro, que mascaro por comodismos e sonhos bobos. Engraçado como uma situação dessas, quando alguém que você acredite ser a pessoa certa, lhe dispõe as cartas e prejulga a derrota lhe faz ficar sem ação. Lhe faz agir como um idiota, querendo tomar para si a liberdade de escolha que cada um tem. Dê poder à um homem e conhecerá este homem, ofereça frustações à este mesmo cara e o terá como uma criança, diante de seu maior medo.
Rejeições.
Poder parecer, depois de um tempo, que você tem o controle da situação - nada lhe afetará, todos gostarão de você e em nenhum momento você vai se encontrar sozinho, andando pela rua no final de semana sozinho, como um cão sem dono procura um abrigo ou um companheiro.
Fui omisso, incoerente com o que sentia. Levo uma lição: nunca abandone, por nenhum momento a pessoa que você segura a mão olhando para o céu. Quando você lhe diz as palavras mais doces e espontâneas, que até parecem sair de um novela, quando você é sincero o bastante para causar-lhe uma sensação de emoção, comoção, felicidade, paz e bem querer, jamais abandone esta pessoa. Não deixe a dúvida permear onde antes estava o seu perfume.
Sinto-me ao menos com aquela sensação depois do choro, mas sem o choro. Alívio. Uma vergonhosa paz pedindo passagem. Uma falsa liberdade que me trancafia no desejo de querê-la por completo.
Mas as emoções em demasia não trazem boas consequências, até para amar precisamos de um pouco de cautela. É um paradoxo. Sobrepor razão à emoção. Onde já se viu isso? Vivamos então sob a maldição deste paradoxo. Com cautela, sempre com cautela.

RE volta

Isso? Isso é revolta
É a fúria que sinto pelo tempo perdido
Tempo que perdi ajoelhado, esse, nunca mais volta
Ridículo, estúpido e bondoso

Assim eu era, agora não mais
Bondoso sim, mas sensato tão quanto
Despenso sua bênção, despenso sua reza
Cale-se um pouco, antes que eu me torne violento

Não aguento mais, como pude ser tão fraco?
Aceitei tudo que me disseste, e tú nunca respondera minhas perguntas

Cale-se, cale-se ou acabo agora com a farsa que chamas de vida
Maldito sejas tú, tua cruz e tuas palavras
Sois vós quem arderá em lavas

Agora queime, e com tú, tua mentira que percorrera milênios
Nunca alcançarás o pai, nunca serás luz
Teu templo é sujo como o lixo, tua batina é tão negra quanto a tua alma

Agora te cale, e não me pessa para ter calma
Pobre de tú, tenho pena, muita pena
Como pode caber em alguém, tal fraqueza e tal alma pequena?!

Resaste tanto durante tua vida, tú e os seguidores teus
È lamentável eu foste tão cego,
Que te afastaste tanto do real significado de Deus
E deixaste dominar tanto pelo teu podre ego.



Maurício Tovar Junior

sexta-feira, agosto 08, 2008

LÚCIFER

Linda estrela matutina , Anjo caído
Único, forte o bastante para desafiar o mestre
Confundido com o diabo, ainda hoje é odiado
Infernal é a mente humana
Fraca e despida de luz
Esperar é o que nos resta, enquanto no céu de hoje
Renasce a luz que, infelizmente, não brilha para todos

Olhe para o céu, meu mestre, está vazio

Agora, os bons homens trabalham contra nós
Não sabem, não fazem idéia
Já tentamos ajudar, mas a falta de luz levou cristo à cruz
Oram para vós, e continuam a agir estupidamente

Coitados, não podem ser ajudados, não querem
Avatares, busquem os poucos, de preferência os loucos
Íris fará a lavagem dessa humanidade podre
Depois de limpa, recomeça a reciclagem
Outra tentativa de elevar o pobre espírito desses coitados



Maurício Tovar Junior