sábado, julho 28, 2007

Amigo

Esta talvez não seja uma documentação brilhante de uma mente criativa, e talvez não seja fiel as verdadeiras intenções. Esta pode não ser aquela que poderia ser, e nem é o que fora quando era aquilo. Não é suja de teorias e nem límpida de simplicidade. Não é venenosa de opiniões, não é quebrada de emoções.
É de como se espera o dia levando a noite, é assim que se é. Como sempre foi.
O final se vê pela janela e o preço da coragem é pago em prestações alcoólicas. Na pequena diferença onde residem as grandes particularidades. Semanticamente diferenciados. A moral e a sabedoria.
Conceitos que nos fazem admitir relações e nos tratar apenas como seres específicos, limitando-se no limear de nossa eterna inocência. A ignorância é múltipla aos olhos de um revoltado, e pode até ser real quando não se enxerga com olhos de pirata.
É apenas o extremo que se toca de sua burrice e a generalização que é sempre apressada. O equívoco caminhando na velocidade da luz, é a própria estrada. São os tempos da ciência onde perduram as ações inexatas.
É a coesão e o declínio de um santo que caminha com o manto púrpura. É a abdicação do imperador. São causas raras de acertos oportunos. É o nada que se diz tudo e se fantasia de pouco - como se ele não fosse o bastante para o insuficiente.
A conversa silenciosa e o segredo de um mudo, a confiança do não dizer numa conversa amiga.
É o mesmo fluir da dança que toca as tuas cordas vocais naquele dia em que você se sente belo.
É apenas o mais simples dessa Terra, e é o menos complicado. Que não indaga, que se contradiz, o que acredita ser feliz, e por isso é.
Ele é o exagero que se faz nas comemorações, e é a economia que se faz antes delas. Têm o mesmo rótulo que fantasia nossas impressões, e a mesma influência dos livros milenares. É o lado da moeda que se mostra cinco vezes seguidas após arremessá-la de um prédio. É o dia que se fexa e a noite que o teme.
Com o mesmo doce do sabor da sua paixão, ou mesmo o calor da sua mão. O mesmo terror de uma doença. A mesma cartada de uma vitória, por mais tola ou simplória.

Um comentário:

Anônimo disse...

lindo, AMIGO.
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