terça-feira, agosto 07, 2007

Sobre a decepção

Dizem que quanto maior o pulo (o tamanho, a intensidade, a altura...), maior a queda, e parece ser verdade. Quanto mais se sente bem, mais dói depois. Quanto mais você se garante, maior é a repulsão de si mesmo depois da derrota.
Mas a minha decepção não é definida, nem indefinida, não sei se é real, ou se é outra coisa que me consome em minha cama antes de dormir, ou nos períodos de ócio em que a única coisa que passa em minha mente é a música e o rancor. Deve ser rancor.
A minha decepção (rancor) é algo acentuado, algo relacionado com insegurança e sentimentos de solidão, onde tudo parece lixo, onde o que eu tenho não é mais seguro, onde meus relacionamentos são frágeis e falsos.
Insegurança...
Agora sim! Acho que tenho medo de perder tudo aquilo que me parece lixo, tenho medo de perder meus falsos relacionamentos aos quais me dedico, verdadeira e puramente, de corpo e alma, tenho medo de eles não se importem da mesma forma que eu. Percebo, sim, que cada pessoa se expressa de uma forma, e que algumas só se expressão depois que a outra se expressa. É onde vem a dúvida, a insegurança. “Será que o sentimento d’outrem é verdadeiro ou será que é apenas uma resposta, culturalmente formada e rapidamente executada e expelida, por lábios puros, que para você são a única coisa que importa no mundo”.
Este sentimento é outro desprezível e egoísta, faz doer demais, faz romper demais laços de relacionamentos, mas o que acontece, talvez seja uma fraqueza de identidade, de alguém que é alguém perto de outro alguém e outro alguém longe desse alguém, ou então alguém que é alguém perto desse alguém e mesmo perto dele se transforma em outro alguém.
Mas o que é certo é que tudo é incerto, e meu sentimento, me consome a cada noite, e não sei se vou conseguir sobreviver a isto por muito tempo antes de cortar o mal pela raiz.Não sei se vou mais escrever sobre o amor, talvez meu eu-lírico o queira...

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