domingo, abril 22, 2007

Ao Embalo do Acústico

Na noite fria, as luzes da cidade ofuscadas pelo branco denso da cortina presenciam minha depressão pós - planos de um sábado frustrado.
Suando frio, passando a mão no cabelo ralo, conversando com o tempo...
Vagando pela sala, ouvindo algo triste que toca na rádio - algo de acordeon, violão e vozes roucas.
Meu maior desejo talvez fosse uma tragada no cigarro, talvez fosse um breve whiskie.
Meu desejo talvez fosse você por aqui - e não lá...
Lágrimas no escuro - tudo cinza e vazio.
Tudo sem sentido, todo sentido perdido nas graças do feeling sem graça.
Qual sería, no mercado das ações, o valor de uma alma perdida ?
Talvez tenha sido feita com restos de uma noite pegajosa.
Talvez isso explique as coisas.
E o que sería pra mim a melhor liberdade, senão a propriedade das pessoas ?
Uma fuga desnaturada atormenta minhas tentativas pretenciosas e repetitivas em busca da perfeição, sempre.
E por mais que existam por aí as concepções "corretas" e, ao mesmo tempo, efêmeras sobre todas as coisas que coexistam nesse mundo, eu insisto em fazer de minhas leis - as mais indolentes - como a verdadeira fonte de minha saciedade.
É o que me mata e me mantém vivo.
Nos sonhos loucos desta noite acústica, me imagino agora por aquelas bandas...
Lá onde você está - com os outros e não comigo.
Os outros seríam o que a física quântica chamaria de "impressões" - pra mim são penas detalhes banais.
Com passos lentos de um homem sem caminhos, não chego a lugar nenhum.
E reluta-se...
Nesta constante tedenciosa a desencontros eternos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Em suma...
Porra de festa a fantasia.