quinta-feira, junho 21, 2007

Imaginando

Seriamente passo a respeitar todos os demais que por mim passam
E também pensam por si, são outros mil que o fazem com extremo apego
O lance de relance contínuo, daquele olhar que se prende na vasta ociosidade instigante
Necessariamente é o fluir do espírito jovem no teu curso aflorado
E de idéias tantas que se fazem necessárias regras de imposições sarcasticamente obrigatórias
Regência afluente e transparente aos olhos da realidade cruel que nos torna dignos de cada um,
Miserável como é
Sim, se torna múltiplo de si mesmo quando tocam as trombetas do novo rei
Aquele que governa o horizonte e o destino do sol
O trajeto da lua e o brilho do luar
Não há mais outras razões e não há a principal para que me sirvam um prato de idealismo
Revolucionário de nada sonhando com flores no metal sombrio
Canções de exílio que nada mais exaltam, senão elogiando a própria desgraça na qual és entregue
E quando lançado a vida se toma de pobreza por todos os lados, abastecido por canos que jorram ignorância
Rios de ignorância
Fatos que comprovam ainda mais instabilidades racionais perante um exército que luta pelo desejo de ser fiel a um líder
Governâncias tradicionais e de belo posto que cercam-se de políticas humanitárias simplismente pelo zelo de sua carapulça
Serão necessárias gerações sadias que possam retomar a antiga bandeira rebelde do anarquismo desordenado que não chegam a realizar, ao menos
Todas as estruturas possíveis de organização é um circo de bizarrices
Toda organização já é a própria sodoma e gomorra, com teus antros sexuais regados a cachaça
Entorpecendo-se pelas próprias babaquices que dizem sobre minha opção sexual ou sobre a minha religião
A bendita bezerra que hoje já está revirando-se no caixão; e o the best seller A MORTE DA BEZERRA, amplamente difundido entre todos pelo mesmo preço da "conscientização moral"
Significações que talvez possam não valer nada, tão somente rindo-se de nós mesmos chegamos a este mesmo não-agir
Pequenas rosas de poesia também são idiotas
Não te vales nem uma pena
Do pássaro que voava pelo céu, o próprio deus de tua beleza
Caído no chão da praça, do cruzamente da avenida, da metrópole em pleno funcionamento
Alimentada pelo certo incapacitado e irreversível
Na contra mão de toda cópula intercaladamente financeira, vou eu no meu jatinho de madeira
Feito por anões mágicos da Terra dos Sonhos e da Esperança,
Lá onde eu fumo maconha para voar solto
É o mesmo homem no outro lado do mundo, que cheira incenso e chega ao transe do teu "eu" espiritual e que o elimina quando este alcança o paraíso
E o mesmo que se mata insandecido pelo desejo infértil de trepar com toneladas de virgens lá perto de seu deus barbudo e ansião
Cá estou, no meu barquinho de papel, navegando pelo universo paralelo da inquietez
Passeando pelas letras
Engaiolado nos pensamentos...
Infinitos - "Inabstratível"

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