segunda-feira, junho 18, 2007

Pós - Humano

Eu, simplório ser mortal...
Imóvel e quieto...
Habitante deste nojento terrestre solo,
Colocado como mais um produtivo inseto...
Escravo do banal
Eu me mantenho, mas não me consolo.

Por enquanto sou apenas um réu
Nessa condenação postiça
Sou mais uma das milhares flores do pomar
Submetido à mais injusta justiça
Sou a lua no céu
Sou o espaço do universo
Sou a agua no mar
Sou o doce do mel
O oposto do inverso
Sou o tempo
A vida
O vento
Um tormento...

E ainda assim não sou nada...

Logo após nascer..
Eu queria crescer
Queria ter
Queria ser
Tentar viver
Queria amar
Queria chegar em algum lugar

Eu queria nada...
Eu lutava... lutava com ninguém
E me tornava cada vez mais, um refém
Da obrigação
Da prisão, do compromisso
Só queria isso
Um viver postiço...

Não consegui nada do que eu quis
E por isso, ah...Como eu sou feliz

Um desejo tão indesejado
Falso
Invejado
Não poderia ser realizado

Eu vi além
Vi mais...Fui mais...
Mais do que um humano Zé ninguém..

Desde sempre eu sabia que era capaz...
De fazer o que ninguém mais faz
Eu quis ser mais, mais do que um simplório rapaz


Quis voar
Quis ver
Quis ir
Quis sair e acordar
Superar o limite...
O limite da mente...Do cosmo
Mais do que ser...Ter ou estar

Joguei fora tudo aquilo
Que me fez sofrer
Que fez de mim um escravo do terOu um escravo do simples ser...viver
Agora não tenho mais medo
Já sei o segredo

Tenho a verdade
Agora vôo tranqüilo
Rumo a absoluta liberdade.


Nenhum comentário: